Perfeito! Você colocou perfeitamente em palavras tudo que senti vendo essa polêmica.
É bem o que você falou no fim do texto, sei que é válido, sei que o cara merece todo chapisco que levou. Mas, sei lá, só não me importo mesmo com a pauta. A pegada “girl boss” que esse tipo de situação faz reviver é muito cafona, ultrapassada, cega e infundada. Eu lá to preocupada com o que uma mulher CEO tá passando enquanto mulheres reais ainda estão tão cheias de demandas por aqui?!
Diante disso tudo sinto como se a gente estivesse voltando lá pra 2014 com a fase #GirlBoss do feminismo liberal e da cultura pop haha E surpreendentemente a Kamala Harris é tão isso (ou sei lá, vai ver está usando essa imagem na campanha porque acredita ser o único contraponto possível ao machismo da campanha do laranjudo bicudo republicano)! Confesso que fiquei com preguiça de abrir o texto do cara, mas imaginava que estivesse falando um monte de bobajada mesmo, só procurando engajamento de ódio com uma não-discussão sobre uma mulher imaginária, ou seja, conseguindo viralizar enquanto todo mundo defende uma mulher imaginária. Falando bem ou falando mal, em certos círculos parece mais fácil discutir a mulher idealizada do que as demandas de mulheres reais...
Nossa, sinto exatamente o mesmo. Será que realmente queremos mesmo mulheres cantoras bilionárias e presidentes de países que financiam máquina de guerra? Mas sei lá. Tá todo mundo tão cansada e ocupada que genuinamente o topo manipula a base e continuamos sempre a voltar pra estaca zero…
Um grande abraço de afago virtual porque sinceramente me identifico tanto com TUDO escrito! Também estou nesse mundinho corporativo e sinto tremenda preguiça das “girlboss” que na verdade são apenas pessoas com casca arrogante e que inclusive não sabem sequer pensar em luta coletiva: aprenderam a palavra “sororidade”, ao máximo, e já acham que mudam o mundo. Pra mim o mundo só muda e se torna possível, pra todo mundo e também, especialmente, pra mulheres, com o desmonte dessa ilusão verticalizada e neoliberal.
Eu descobri que não gosto de cuidar. Não gosto de cuidar de pessoas, então não sirvo para ter marido ou filhos, mas também não gosto de cuidar de coisa alguma.
Cozinhar? Muito chato, tenho que ficar de olho na comida (e ao meu ver isso é cuidar).
Ser CEO, dona de uma empresa ou qualquer coisa desse tipo? Muito chato, terei que ficar gerenciando tudo, checando funcionários, prestando atenção nos gastos e lucros (ao meu ver isso é cuidar também).
Não quero cuidar de nada, não sonho com nada disso.
A única coisa que eu quero é ter um trabalho que eu me orgulho de fazer, sair de casa, chegar até ele, fazer minhas obrigações e ir embora. Quando estiver em casa não quero ter que pensar em nada relacionado à isso. Quero tranquilidade para viver uma vida calma, divertida e legal, só.
Talvez você até esteja cansada e meio velha. Mas é uma cansada meio velha coberta de razão, que colocou em palavras e explicou didaticamente alguns incômodos e questionamentos que vem batendo (até meio atrasados) por aqui. Obrigada por isso! E por indicar uma leitura urgente no final
nossa, a sensação é de que você costurou na palavra um desconforto que eu tava sentindo, mas não sabendo nomear. É isso, obrigada, não quero saber de briga imaginária contra a mulher CEO, porque sei demais quem são os CEOS, e desejo melhor para todas nós.
Achei tua reflexão perfeita! Lembrei de uma música "De dentro do apê" da Bia Ferreira que escancara o feminismo liberal e toda sua falácia. Também tive muita preguiça dessa história e todas as vezes que abri Instagram ou LinkedIn, as pessoas estavam tecendo comentários sobre o ocorrido. Ficou chato, vazio e só mais uma pauta pras pessoas surfarem. No fim do dia "a tia que tá trampando no sinal pra sustentar os 4 filhos já tá passando mal de fome" como diz na música da Bia.
Perfeito! Você colocou perfeitamente em palavras tudo que senti vendo essa polêmica.
É bem o que você falou no fim do texto, sei que é válido, sei que o cara merece todo chapisco que levou. Mas, sei lá, só não me importo mesmo com a pauta. A pegada “girl boss” que esse tipo de situação faz reviver é muito cafona, ultrapassada, cega e infundada. Eu lá to preocupada com o que uma mulher CEO tá passando enquanto mulheres reais ainda estão tão cheias de demandas por aqui?!
Diante disso tudo sinto como se a gente estivesse voltando lá pra 2014 com a fase #GirlBoss do feminismo liberal e da cultura pop haha E surpreendentemente a Kamala Harris é tão isso (ou sei lá, vai ver está usando essa imagem na campanha porque acredita ser o único contraponto possível ao machismo da campanha do laranjudo bicudo republicano)! Confesso que fiquei com preguiça de abrir o texto do cara, mas imaginava que estivesse falando um monte de bobajada mesmo, só procurando engajamento de ódio com uma não-discussão sobre uma mulher imaginária, ou seja, conseguindo viralizar enquanto todo mundo defende uma mulher imaginária. Falando bem ou falando mal, em certos círculos parece mais fácil discutir a mulher idealizada do que as demandas de mulheres reais...
Nossa, sinto exatamente o mesmo. Será que realmente queremos mesmo mulheres cantoras bilionárias e presidentes de países que financiam máquina de guerra? Mas sei lá. Tá todo mundo tão cansada e ocupada que genuinamente o topo manipula a base e continuamos sempre a voltar pra estaca zero…
"Lutar pelo direito de ser absolutamente medíocre num mundo de meritocracia e CEOs talvez seja também uma forma de existir."
É sobre isso, sabe?
Um grande abraço de afago virtual porque sinceramente me identifico tanto com TUDO escrito! Também estou nesse mundinho corporativo e sinto tremenda preguiça das “girlboss” que na verdade são apenas pessoas com casca arrogante e que inclusive não sabem sequer pensar em luta coletiva: aprenderam a palavra “sororidade”, ao máximo, e já acham que mudam o mundo. Pra mim o mundo só muda e se torna possível, pra todo mundo e também, especialmente, pra mulheres, com o desmonte dessa ilusão verticalizada e neoliberal.
Já me inscrevi no seu stack! 🩷
Obrigada, apenas obrigada.
De uma cansada para outra cansada ❤️
“Eu sei lá, talvez eu só esteja cansada”
E uma multidão feminina se sente enfim compreendida.
💚
Entendo totalmente.
Eu descobri que não gosto de cuidar. Não gosto de cuidar de pessoas, então não sirvo para ter marido ou filhos, mas também não gosto de cuidar de coisa alguma.
Cozinhar? Muito chato, tenho que ficar de olho na comida (e ao meu ver isso é cuidar).
Ser CEO, dona de uma empresa ou qualquer coisa desse tipo? Muito chato, terei que ficar gerenciando tudo, checando funcionários, prestando atenção nos gastos e lucros (ao meu ver isso é cuidar também).
Não quero cuidar de nada, não sonho com nada disso.
A única coisa que eu quero é ter um trabalho que eu me orgulho de fazer, sair de casa, chegar até ele, fazer minhas obrigações e ir embora. Quando estiver em casa não quero ter que pensar em nada relacionado à isso. Quero tranquilidade para viver uma vida calma, divertida e legal, só.
Que bom que a mediocridade que vc defende é de uma dimensão poética. A mediocridade raiz é bem Nutella.
Talvez você até esteja cansada e meio velha. Mas é uma cansada meio velha coberta de razão, que colocou em palavras e explicou didaticamente alguns incômodos e questionamentos que vem batendo (até meio atrasados) por aqui. Obrigada por isso! E por indicar uma leitura urgente no final
Que alegria esse texto ter chegado até mim. Sinto-me representada em cada parágrafo.
nossa, a sensação é de que você costurou na palavra um desconforto que eu tava sentindo, mas não sabendo nomear. É isso, obrigada, não quero saber de briga imaginária contra a mulher CEO, porque sei demais quem são os CEOS, e desejo melhor para todas nós.
concordo super com essa visão!!! ai tenho mt preguiça desse empoderamento liberalóide kkkkkk
Aí tu foi grandona.
Achei tua reflexão perfeita! Lembrei de uma música "De dentro do apê" da Bia Ferreira que escancara o feminismo liberal e toda sua falácia. Também tive muita preguiça dessa história e todas as vezes que abri Instagram ou LinkedIn, as pessoas estavam tecendo comentários sobre o ocorrido. Ficou chato, vazio e só mais uma pauta pras pessoas surfarem. No fim do dia "a tia que tá trampando no sinal pra sustentar os 4 filhos já tá passando mal de fome" como diz na música da Bia.
"mulheres querem ser ceo" "mulheres querem XXXXXX [insira qualquer pauta de feminismo liberal]" monas a gente quer PAZ. e o fim do capitalismo.
Eu também amei a série da Nicole Kidman. Fiquei triste quando a Boscov acabou com ela kkkkkkkkk série boa curta me manteve entretida por 6 eps 🤣