Discussão sobre este post

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Avatar de Tay

Tem um ponto aqui que vc tocou que, como pesquisadora de cuidados, me sinto obrigada a explorar: a ideia de cuidado interdependente e como direito e dever universal é o caminho para a democracia plena. a ideia de independência e autonomia absoluta são uma falácia alimentada e potencializada pelo neoliberalismo. E aí disso o feminismo liberal se nutre muito ne?! O feminismo revolucionário não almeja sermos menos cuidadas, ao contrário todo mundo precisa aprender a cuidar e se deixar cuidar. Ai claro que os homens precisam aprender mais. Se cuide e se deixe cuidar minha querida!!! Um beijo grande daqui!

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Avatar de nathalia

Esse texto bateu doído, porque para mim, o romance também tem um aspecto de “merecimento” muito sofrido: o romance é para as “escolhidas”, não para mim. Por isso, eu preciso ser a “garota legal” e desencanada que não faz questão de comemorar o dia dos namorados e acha que ganhar flores é uma besteira. Aí ganha um nível de complexidade muito revoltante quando a gente passa a crer, como você aponta no texto, que cuidado, delicadeza ou romantismo faria da gente menor, menos capaz ou menos feminista. E nessa, a gente vai se esforçando para esconder nossas dores e se adaptar, se contentar, enquanto os companheiros não precisam se esforçar emocionalmente para fazer o relacionamento bom para os dois. E isso, pra mim, custa mais do que louças lavadas.

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